Stan Loona: a atração orbital do Loonaverso

Filipe Narciso
14 min readDec 29, 2020

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{Imagem: Reprodução/YouTube}

Maybe if he Stanned Loona

이달의 소녀 (a escrita romanizada de sua sonoridade é “Idalui Sonyeo”), Loona, LOOΠΔ ou até mesmo Garota do Mês é um girlgroup composto por 12 integrantes: Heejin, Hyunjin, Haseul, Yeojin, Vivi, Kim Lip, Jinsoul, Choerry, Yves, Chuu, GoWon e Olivia Hye. O grupo numeroso está por toda a internet há anos em virtude da dedicação de seu fandom ⎯ comunidade de fãs ⎯, denominada “orbits”, em “espalhar a palavra”. A jornalista estadunidense de cultura digital Palmer Haasch define os orbits como “um fandom com grande conhecimento de redes sociais. Eles sabem que tipo de pessoas as acompanham e como promovê-las”.

“Stan Loona” é decorrente da união do nome do grupo ao vocábulo “stan”, definido como um tipo de fã obcecado. Ele foi uma importante expressão para o movimento de divulgação realizado pelos fãs, pelo qual o grupo recebeu holofotes ambíguos. A ação consistia na postagem dessa mesma mensagem nos mais diversos contextos e publicações virais de toda a internet. Por um lado, sua atividade persistente e, de certa forma, espontânea, muitas vezes atraía a atenção de algumas pessoas. Por outro, ao utilizar os mais diversos contextos como possibilidade de promoção, a expressão gerou desconforto e raiva e foi rapidamente desvirtuada e utilizada por pessoas sem afinidade com o grupo a fim de fomentar a discórdia.

Rafaela Santos admite nunca ter admirado k-pop antes de conhecer Loona. “Tenho uma amiga que é k-popper há anos. Ela sempre me dizia para escutar, mas eu não me importava. Até que ela disse que ia me apresentar um dos grupos favoritos dela. Me apaixonei de cara”. Ainda que o fandom orbit possua uma quantidade expressiva de membros multifandom, a paixão dos fãs é palpável, em especial nas conquistas do grupo.

No dia 19 de outubro, elas retornaram à atividade mais uma vez com Why not? ⎯ a primeira vez em um mesmo ano desde a estreia enquanto grupo completo. 12:00 (lê-se midnight), o álbum da faixa, conquistou o primeiro lugar do Itunes mundial um dia após seu lançamento e debutou em #112 na Billboard 200. Assim, Loona se tornou o sétimo grupo feminino de k-pop a conseguir o feito e o primeiro de fora das grandes agências musicais sul-coreanas.

“Garotas dos recordes”: como um fandom cria a reputação de um grupo

Primeira vitória do Loona no music show MCountdown. {Imagem: Reprodução/YouTube}

As “garotas do mês” observaram, em seu penúltimo comeback ⎯ retorno às atividades com um single após um tempo de hiato ⎯, um crescimento significativo em influência doméstica. No dia 12 de março deste ano, elas obtiveram sua primeira vitória em um show de música, marco importante para a história de grupos de k-pop em geral.

Entretanto, essa conquista vem somente após o título de ser o primeiro girlgroup de k-pop a ter assegurado a primeira posição tanto no ranking de álbuns quanto de singles do ITunes US. O único outro grupo de k-pop com o feito era o boygroup BTS e o único outro girlgroup detentor do título o Destiny’s Child. Tudo isso devido à uma articulação calculada do fandom.

Inquietos com a falta de atividades e as notícias desmotivadoras envolvendo sua empresa, os fãs fizeram o segundo álbum completo do grupo, [X X], atingir o topo do ranking de álbuns dos EUA em outubro, 7 meses após o lançamento. Depois, no dia 13 de dezembro, quando foi lançado o single promocional 365, a meta era “simples”: comprar a faixa vezes o suficiente para atingir o topo novamente. E o stan twitter inteiro se engajou nesse objetivo.

Assim, o grupo recebeu da mídia sul-coreana o título de “garotas dos recordes”. Internamente, elas são um grupo recém-formado de empresa pequena como tantos outros, enquanto no mundo todo elas atingem o topo de vendas de vários países.

A Blockberry Creative (BBC) é uma empresa jovem e muito distante da influência das quatro grandes gravadoras sul-coreanas (SM Entertainment, JYP Entertainment, YG Entertainment e a crescente Big Hit Entertainment). Como projeto ambicioso, o Loona passou por momentos de dificuldade, em que muitas vezes não atingia público e mercado significativo para o tamanho do financiamento direcionado ao projeto.

Esse desafio com a divulgação do grupo fez com que o fandom desenvolvesse uma maior necessidade de trabalhar esse aspecto sozinho. Gabriel Isaac compartilha uma história parecida com a de Rafaela: “Eu as conheci pela minha melhor amiga em 2017. Inicialmente, não dei muita importância para o que ela me mostrou, mas com o tempo me apaixonei”. Assim, o fandom orbit é uma instituição extremamente entusiasta, pois mesmo não possuindo as mesmas condições de grupos maiores, o grupo possui um impacto global tão significativo quanto.

De acordo com Palmer, “os fãs as viam e alguns ainda veem como detentoras de menos influência e oportunidades”. Isso fez com que, assim como em qualquer outro caso, fãs lutassem pelo bem de seus ídolos. Consequentemente, o “Stan Loona” foi criado e as mais variadas formas de divulgação foram utilizadas. Até mesmo notícias falsas envolvendo integrantes do grupo foram criadas e viralizaram. Baseado em outro tweet falso sobre integrantes do grupo WJSN, um exemplo famoso de notícia falsa viral envolvendo o Loona é a de que duas integrantes do grupo seriam, na verdade, bilionárias lésbicas sul-coreanas que se tornaram o casal mais rico do planeta. Com quase 200 mil curtidas no Twitter, fica claro o poder de engajamento que essas táticas possuem.

Mas essa é apenas a superfície do fenômeno envolvendo o grupo. Detentoras de um dos projetos de debut ⎯ lançamento ⎯ mais caros da história, Loona transcende o próprio conceito ao ponto de criar um universo particular, denominado Loonaverso.

Loonaverso: o universo paralelo, os 9 milhões de dólares e a fita de Möbius

Em 2016, foi fundada a BlockBerry Creative, empresa responsável pelo Loona e subsidiária da Polaris Entertainment. No dia 25 de setembro desse mesmo ano, foi postado o primeiro teaser no canal oficial do Loona no Youtube. Entretanto, apenas no dia 2 de outubro a jovem corporação realmente anunciou o lançamento de seu primeiro grupo feminino. Acrescentou, inclusive, que ele ocorreria de maneira incomum: um debut de 18 meses com divulgações individuais para cada integrante. Três dias depois, era divulgada a música solo da primeira integrante: Heejin.

Essa estratégia se distancia do habitual formato de debut, uma vez que o hegemônico é anunciar todos os integrantes de uma única vez e propagar produções do grupo como um todo. Com exceção daqueles que derivam de programas do formato Produce ⎯ programas televisivos de grande alcance público que retratam uma competição entre jovens que desejam ser astros a fim de formar um grupo com os melhores concorrentes ⎯ raras são as oportunidades de um idol ⎯ celebridade de música sul-coreana ⎯ se destacar antes da estreia de seu grupo. Porém, Loona parte de uma premissa diferente.

Projeto do controverso ex-diretor criativo Jaden Jeong, o conceito por trás do grupo é expansivo e desafiador. Jeong já havia trabalhado com diversos outros grupos, como Lovelyz e Miss A e sua meta para o projeto, assim como produzida com Lovelyz, era a de construir uma identidade particular a cada uma das integrantes. Assim, ele apostou nesse método de divulgação individual por músicas solo em conjunto a construção de identidades visuais, personalidades para cada garota.

Imagens teaser de todas as integrantes (exceto Heejin, por ter sido a primeira a ser divulgada). Nelas, está escrito em inglês “Quem é a próxima garota?”. {Imagem: Divulgação/BlockBerry Creative}

Em entrevista para o portal Naver, o diretor criativo diferenciou a indústria musical ocidental da coreana. “Na América e na Europa, eles geralmente debutam pessoas que estão ativamente se apresentando em clubes e cenários underground, mas na Coreia é comum ensinar música desde o início para trainees [jovens que querem seguir a carreira de idols]”. Por essa razão, de acordo com ele, a função da área em que atua é selecionar um conceito para o artista, construir uma narrativa e conectá-la às outras seções criativas relacionadas, como a cinematografia e a coreografia.

É dessa necessidade que nasce o Loonaverso, um universo construído só para o grupo. Nele, as integrantes são parte de uma forma de realidade paralela com uma história particular, em que a cada garota são atribuídos um mês, animal e cor representativos. A narrativa é desenvolvida especialmente nos videoclipes, em que, através da união da cinematografia de cada clipe, constrói-se uma narrativa visual semelhante a um filme. Para que esse novo universo pudesse ser gerado, foram gastos 9.9 bilhões de wons, valor que equivalia na época a aproximadamente 9 milhões de dólares. Somente para a filmagem de videoclipes, as integrantes viajaram até Islândia, França, Estados Unidos, Japão, Inglaterra, entre outros países.

Frame do clipe de Let me in, canção solo da integrante Haseul, filmado na Islândia. {Imagem: Reprodução/YouTube}

Muito além de todos os aspectos representativos das garotas, existem também no Loonaverso subgrupos entre elas, referências bíblicas e noções abstratas de física, biologia e astronomia. É especulado, por exemplo, que o Loonaverso possui o formato de uma Fita de Möbius, caracterizada como um espaço topológico obtido pela colagem das duas extremidades de uma fita, após efetuar meia-volta em uma delas. Assim, ainda que o objeto possua apenas um único lado, uma parcela de sua extensão é espelhada, contrária a outro ponto da superfície, o que separa as garotas espacialmente na narrativa. A primeira vez em que ela foi abordada foi no site dlrowehtanool.com, agora desativado, que seria a escrita ao contrário do website oficial do grupo, loonatheworld.com.

Fita de Möbius estilizada para o grupo. {Imagem: Divulgação/BlockBerry Creative}

Loona The World: a mensagem internacional e universal

“Já vi ‘Stan Loona’ pichado em assentos de ônibus e em muros. Vi também em cartazes de manifestações e em vários grupos de diferentes redes sociais”. Juniper Freitas também teve seu primeiro contato com k-pop pelo grupo e se admira com o alcance. “Pessoas que nem estavam inseridos no meio do k-pop começaram a ouvir, falavam que era uma banda diferente. Tudo isso me deixou bem curioso”.

No dia 20 de agosto de 2018, Loona teve sua estreia. Após quase dois anos inteiros do projeto pré-debut, divulgando solos e subunidades, todas as integrantes se reuniram em Hi High. A mensagem do MV ⎯ sigla para a expressão inglesa “music video”, traduzida como clipe de música ⎯ era atrelada ao Loonaverso, à narrativa do grupo enquanto universo à parte da realidade. Enfim, todas as 12 garotas estavam reunidas.

Frame do clipe de Hi High. {Imagem: Reprodução/YouTube}

É em Butterfly, seu primeiro comeback, que o Loonaverso claramente se choca com a realidade. O primeiro contato se dá com o teaser For all Loonas around the world. Nele se esclarece a mensagem a ser apresentada nessa nova era: qualquer uma pode ser parte desse universo. Com filmagens em diversos cenários globais, o teaser impressiona pelo seu protagonismo feminino com grande diversidade de representações.

“Eu realmente amo esse comeback, acho incrível a mensagem de inclusão e diversidade”, afirma Juniper Freitas. Para elu, muitos grupos coreanos são extremamente concentrados em sua influência doméstica, fenômeno que não ocorre com o Loona: “Elas chegam com Butterfly passando essa mensagem de que estão ali, que seus fãs internacionais importam”.

Palmer compartilha uma opinião parecida. “Creio que foi um ótimo primeiro comeback. Unir o conceito do grupo a toda essa representatividade global foi uma ideia muito bem articulada”. Nesse aspecto, fica claro também a abordagem comercial do grupo, que se apropria do seu contexto internacional particular para tentar conquistar um mercado global ainda maior.

Seu comeback seguinte foi marcado pela presença de Lee Soo-man como produtor do mini-álbum [#], o único investimento particular do empresário em um grupo até o momento. Ele afirma ter identificado potencial nelas ao assistir ao dance cover de Cherry Bomb do boygroup NCT 127, grupo de sua empresa.

So What single de [#] novamente propaga uma mensagem universal. Ele é marcado pelo empoderamento feminino e por induzir ao questionamento de limitações e preconceitos. Assim, é reforçada a noção de que Loona visa a construção de uma aura acolhedora para todos os seus fãs. Em entrevista para a jornalista musical Erica Russel, a maknae — integrante mais jovem — do grupo, Yeojin, perguntou: “De que adianta o Loonaverso se os fãs não são parte dele?”.

Por que não?: Why not? e o momento presente do Loona

Why not? é o terceiro comeback do grupo e tem por base temática a criação de um festival em que “nenhuma garota se sinta silenciada”. O festival da meia-noite, como é chamado, é, ao mesmo tempo, uma celebração da lua nova e uma expectativa de que uma nova lua se eleve.

Frame do clipe de Why not? {Imagem: Reprodução/YouTube}

Mais expectativas estavam em jogo nesse comeback. Em entrevista para Ji Min-kyung da plataforma Osen, representantes da BBC afirmaram esperar que o grupo possa superar a designação de “garotas dos recordes” para enfim se consagrarem como artistas completas, independentemente de desempenhos externos. Eles também afirmam que o álbum é uma importante expansão do Loonaverso.

Com cenários que misturam um contexto apocalíptico ao etéreo e espacial, Why not? tem um conceito ousado até mesmo para o grupo. Com imagens de divulgação que eram pautadas na temática festival, as garotas usaram roupas de gala, country e hippie e até mesmo uniformes brancos para a nova era. A simbologia no MV é carregada como sempre, em especial ao tentar englobar toda a extensa cinematografia do grupo, em sua maioria realizada com maestria pela companhia sul-coreana de produção de vídeos Digipedi. Infelizmente, foi a primeira vez que o retorno do grupo não contou com o vídeo teaser que abordasse a relação entre o loonaverso e a realidade.

De qualquer forma, o Loonaverso sempre teve aspectos deixados em aberto. Isso sempre potencializou o engajamento da comunidade orbit em desvendá-lo e, também, construir o que ele é hoje. E a própria fundação dele sempre foi o acolhimento geral. O festival da meia-noite tem a função de unir, dignificar, igualizar todas as garotas do mundo.

E esse acolhimento também se aplica à comunidade LGBTQI+. O movimento “Stan Loona”, inclusive, possui fortes raízes nas esferas queer de redes sociais e foi conquistando cada vez mais espaço dentro da comunidade. Ele foi divulgado por várias drag queens participantes do reality show RuPaul’s Drag Race, como Kim Chi, Shangela e Aquaria, e outras celebridades queer como Kim Petras. Em entrevista para Taylor Glasby da MTV News, quando questionadas sobre o apoio dessa comunidade, a integrante Yves comentou sobre as interpretações homoafetivas que permeiam os singles New e Heart Attack. Ela esclarece: “Quando as canções estavam sendo escritas e os vídeos filmados, nós não víamos dessa maneira. […] Mas nós também ficamos gratas por ser traduzido dessa forma”. Como a própria matéria afirma, a questão da minoria LGBTQI+ para a sociedade sul-coreana ainda é um tabu ⎯ ao ponto de que o país ainda não reconhece o direito ao casamento homoafetivo ⎯ e a prontidão da resposta da idol impressionou a repórter.

Why not? é o segundo comeback do grupo sem a integrante Haseul. No dia 7 de janeiro deste ano, a líder entrou em hiato após ser diagnosticada com “sintomas intermitentes de ansiedade”. Algumas faixas do álbum lançado no começo do ano contavam com vocais da artista. A BBC divulgou que ela não estaria de volta para esse comeback a fim de priorizar sua recuperação e bem-estar.

A prevalência da essência: projeção e desejos para o futuro

Acerca de suas expectativas, Gabriel Isaac é impositivo: “Espero que elas façam bastante sucesso e que nunca percam sua essência por causa disso. Quero que as pessoas as reconheçam sendo o Loona, e não qualquer grupo”.

Ironicamente, a diversidade sonora de Loona torna difícil rotulá-las e definir sua identidade. Elas intercalam diferentes gêneros e estilos como o jazz em Vivid, o EDM em Singing in the rain, o pop adorável e eletrizante de Hi High até a balada lenta de Around you. Mas, ainda assim, o grupo de alguma forma ainda mantém o espírito do que as torna únicas. Palmer também esclarece: “Elas possuem um estilo musical coeso e coerente. Ainda que elas passem por vários gêneros e influências musicais, ainda há um som do Loona em tudo que produzem”.

Mesmo conquistando o mundo de forma veloz, ainda existe um preconceito ocidental com as produções musicais sul-coreanas. “Eu acredito que isso é, em pequenas medidas, enraizado em uma política anti-asiática”, afirma Palmer. Para ela, difunde-se uma noção preconceituosa de que a indústria musical sul-coreana é vazia, mecanizada em virtude da diferente forma de produção do conteúdo. “No k-pop, envolve-se mais todo o pacote, ou seja, não é somente sobre a música, mas também a coreografia, a estética, a promoção”.

Sobre suas expectativas para o futuro do grupo, Rafaela admite esperar vê-las de perto. “Espero que elas sejam conhecidas mundialmente e que venham fazer muitos shows aqui no Brasil”. No início deste ano, em entrevista para Jeff Benjamin da Billboard, as garotas disseram estar se preparando para uma turnê mundial.

Ano passado, o grupo participou de seu primeiro grande evento internacional, o KCON LA 2019. Nele, ficou clara a grande influência internacional que o grupo possuía. No Twitter, fãs compararam o fansign ⎯ fila de autógrafos ⎯ do evento com o primeiro fansign de Heejin em 2016 e o resultado foi um testemunho visual do longo caminho trilhado pelo grupo até esse momento de sua popularidade, antes mesmo de sua primeira vitória em um music show.

“Obter uma vitória em um music show é muito relevante”, confirma Palmer. “Dito isso, existem hoje novos sinais de sucesso e a KCON LA 2019 é só um deles para o Loona”. Para ela, os fãs obviamente têm uma participação ativa nisso. “Além do talento e dedicação das meninas, Loona tem uma fanbase muito forte, dedicada e apaixonada”. E ela frisa: “Hoje, seu impacto já é bem facilmente visto e só deve continuar aumentando. Acredito que elas só vão encontrar cada vez mais reconhecimento, mas que, independente do quão reconhecidas, sua fanbase permanecerá com a mesma energia”.

Palmer também pontua um grande desejo enquanto fã: “eu adoraria que a Haseul voltasse e espero que ela esteja bem”. Um teaser lançado na data de hoje, 29 de dezembro, intitulado “New Moon ⎯ lua nova ⎯ é o primeiro passo para uma nova fase do grupo e fãs especulam que Haseul é a figura misteriosa que aparece próximo ao final. A expectativa de ter novamente as 12 garotas juntas nunca esteve tão em alta.

Loona já consagrou seu espaço no cenário mundial. Mas ainda há muito a ser conquistado. Um projeto ambicioso, seu universo foi abraçado por uma comunidade internacional que, ao sentir-se acolhida por ele, continuamente o ressignifica. Ao atrair a atenção de milhares de propagandistas semiprofissionais, o grupo segue impressionando com sua excentricidade. Seja pela quebra de recordes no iTunes, ou por notícias envolvendo apadrinhagem do filho da cantora Grimes, ou até mesmo um pedido inesperado de feat com o cantor de Bluegrass Sturgill Simpson após um desentendimento com fandom, os orbits redefiniram as regras do jogo e, em conjunto ao talento e esforço das integrantes e obviamente seu slogan sempre presente, tornaram do Loona o que elas são e representam hoje.

Na mesma entrevista para a Forbes, Heejin defendeu que o ponto forte do novo álbum e de todo o grupo é que: “[nossa] música […] não é individual, mas conectada ao nosso Loonaverso”. No dia 20 de outubro, o grupo anunciou em suas redes sociais que iria dedicar aos fãs 12 estrelas no céu que, juntas, soletrassem “ORBIT IN LOONA”. 12 partes do universo que, juntas, representassem a ligação do fandom ao grupo. E que seu universo também é o nosso.

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